
Uma revolução no APH brasileiro. É dessa forma que desponta o uso de medicamentos no ambiente pré-hospitalar, com benefícios no tratamento precoce de agravos à saúde, em urgências clínicas e traumáticas. Periodicamente, novas descobertas da Medicina saem dos centros mais desenvolvidos em emergência e desembarcam nos serviços brasileiros. A comparação com países mais bem preparados, contudo, revela que ainda há um caminho longo a percorrer.
Enquanto o guia do setor, a portaria 2048/2002, do Ministério da Saúde, estabelece 26 medicamentos de uso nos serviços pré-hospitalares, a lista mínima dos Estados Unidos traz 111 drogas, instituídas pelo NREMT (National Registry of Emergency Medical Technicians). Segundo o paramédico brasileiro Sergio Jatobá, que atua no Grupo de Operações Especiais do Condado de Palm Beach, cada agência de APH no país usa entre 40 e 70 drogas. "Muitas delas já têm sua eficácia comprovada e são consideradas imprescindíveis dentro dos sistemas de APH, enquanto outras ainda estão sendo pesquisadas. Ao mesmo tempo, novas drogas são introduzidas a todo instante", explica.
Nem é preciso observar o modelo norte-americano para perceber que o Brasil pode evoluir no segmento. Exemplos de práticas já adotadas em território nacional mostram que várias drogas estabelecidas pelo Ministério da Saúde foram substituídas por outras de melhor efeito e mais propícias ao ambiente pré-hospitalar. Algumas continuam sendo usadas e somam-se a elas novos fármacos incorporados à rotina dos serviços, o que aumenta as possibilidades de salvar vidas.
“Os medicamentos utilizados no pré-hospitalar promovem a diminuição dos agravos à saúde e das sequelas, sendo de vital importância na tentativa de reversão da parada cardiorrespiratória, no alívio da dor e na estabilização do doente politraumatizado”, opina Reinaldo Del Pozzo, coordenador do SAMU Diadema/SP.
Reportagem de Rafael Geyger
Fonte: Revista Emergência
Nenhum comentário:
Postar um comentário